O complicado combate às infecções sexualmente transmissíveis

Artigo
22 jan 2025
camisinha

 

Infelizmente, o que relato a seguir é real:

Estava em um bar de jogos na Liberdade e me sentei próximo a um grupo de jovens, provavelmente na faixa dos 20 anos, que conversavam sobre trivialidades da vida. Em determinado momento, ouvi um deles se vangloriar de ter tido relações com uma garota do Tinder e, por ela usar anticoncepcional, decidiu não utilizar preservativo. Os outros, em vez de alertá-lo, reagiram com incentivos e risadas.

Minha primeira reação foi classificá-los como adolescentes inconsequentes; a segunda, comentar com minha noiva sobre como essa geração parece estar "perdida" – um sinal claro de que estou virando o tio do pavê.

Mas o que me espantou foi a falta de consciência em relação a algo tão básico: se for transar com alguém desconhecido, use preservativo, externo ou interno.

É compreensível que, nessa idade, a principal preocupação seja evitar uma gravidez indesejada. Métodos como DIU e pílula são eficazes para esse fim, mas não protegem contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Inicialmente, acreditei estar diante de um caso isolado. Contudo, ao ler notícias sobre o tema, percebi que estava totalmente enganado.

Um exemplo alarmante vem de uma matéria do jornal O Globo de 2024, intitulada "Como uma vida sexual sem cuidados pode facilitar a transmissão das infecções sexualmente transmissíveis". Segundo o Ministério da Saúde, os casos de HIV aumentaram 168% entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil nos últimos 10 anos. A matéria, com base em entrevista com o infectologista Bernardo Porto Maia, enfatiza que, apesar dos avanços no combate ao HIV, essa faixa etária ainda apresenta um crescimento expressivo nos casos.

Além disso, a sífilis tem mostrado um aumento alarmante, com um salto de mais de 800% nos casos entre jovens de 13 a 29 anos. A RQC já abordou especificamente esta IST, e você pode acessar o material aqui.

Este problema não é exclusivo do Brasil. Uma matéria publicada pela US News em 2024 revelou que, em uma pesquisa com 1.005 americanos, 34% acreditavam erroneamente que as ISTs só podiam ser transmitidas por relações sexuais, ignorando outras formas de transmissão, como compartilhamento de agulhas. Além disso, 20% acreditavam que só precisariam realizar testes se apresentassem sintomas.

Contudo, há sinais de melhora. Dados recentes do CDC indicam uma redução em algumas ISTs entre 2022 e 2023. Jonathan Mermin, diretor do CDC, afirmou que, após quase duas décadas de aumento nas ISTs, o cenário está começando a mudar, e é crucial impulsionar esse progresso com mais inovação e investimentos na prevenção.

Com sorte, talvez estejamos diante de uma mudança nos ares americanos e, quem sabe, este feito também ocorre aqui no Brasil. No entanto, para evitar um otimismo excessivo, é importante considerar algumas nuances.

 

A situação do Brasil

Como mencionado anteriormente, o único método eficaz para prevenir ISTs é o uso de preservativos. No entanto, o dado mais recente disponível sobre essa prática remonta a 2019, a partir da PNS, um inquérito domiciliar, abrangendo todo o território nacional e que tem o objetivo de coletar informações sobre a situação de saúde e os estilos de vida da população brasileira, além da utilização de ações preventivas, etc.

Adianto que abordaremos apenas as seções relacionadas ao tema: saúde da mulher (especificamente o planejamento reprodutivo e contracepção); ISTs e atividade sexual.

No módulo “Saúde da Mulher”, observou-se que, entre as 52,2 milhões de mulheres de 15 a 49 anos que ainda menstruavam, 80,1% estavam sexualmente ativas. Entre as mulheres de 15 a 24 anos, 76,1% utilizavam algum método contraceptivo, sendo os mais comuns: pílula anticoncepcional (40,6%) e camisinha masculina (20,4%). Das que não utilizavam métodos contraceptivos (19,5%), 47,3% alegaram querer ou não se importar em engravidar.

Quanto às ISTs, 0,6% da população com 18 anos ou mais (cerca de 1 milhão de pessoas) foi diagnosticada com alguma IST nos 12 meses anteriores. As orientações mais frequentes dos profissionais de saúde foram: informar os parceiros sobre a infecção (84,5%), usar preservativos regularmente (83,9%) e realizar teste de HIV (75,4%).

No que diz respeito à “atividade sexual”, 59% dos entrevistados afirmaram nunca usar camisinha, e apenas 22,8% responderam sempre utilizar. Entre os motivos para não usar preservativo, a confiança no parceiro foi o mais citado (78,6% dos homens e 68% das mulheres), seguido por “não gostar” (9,8% e 7%, respectivamente) e o uso de outro método contraceptivo (8% e 16,8%, respectivamente).

Embora os dados apresentados sejam relevantes, é essencial reconhecer as limitações metodológicas inerentes à coleta de informações por meio de entrevistas, especialmente no que se refere à veracidade das respostas. Além disso, a ausência de estratificação quanto ao estado civil ou ao tipo de relacionamento dos participantes que relataram não usar preservativos compromete a análise.

Por sua vez, o Ministério da Saúde divulgou recentemente os Boletins Epidemiológicos sobre Sífilis, Hepatites Virais e HIV, com dados atualizados até 30 de junho de 2024.

Começando pelo Boletim de Sífilis, os dados coletados mostram que o Brasil registrou 1.538.525 casos de sífilis adquirida (que pode ser transmitida durante o sexo desprotegido ou por transfusão sanguínea).

A taxa de detecção, em 2023, atingiu seu valor mais alto, 113,8 casos/100 mil habitantes, o que representa um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Adicionalmente, 60,9% dos casos de sífilis adquirida ocorreram em homens, com maior prevalência na faixa etária de 20 a 29 anos.

O documento sobre  Hepatites Virais registrou 785.571 casos confirmados de hepatites virais. Contudo, focaremos especificamente na hepatite B (transmitida por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas, entre outros) e hepatite C (com as principais formas de contágio por transfusão de sangue, compartilhamento de agulhas ou seringas contaminadas e, em menor grau, o sexo desprotegido).

A hepatite B, com 289.029 casos, apresentou queda na taxa de incidência até 2019, mas voltou a subir, alcançando 4,7 casos/100 mil habitantes em 2023. A maioria dos casos ocorreu em homens (55%) entre 30 e 49 anos, e, dos casos com fonte conhecida (116.689), 51,7% foram por transmissão sexual.

Já a hepatite C teve 318.916 casos confirmados e uma taxa de 7,6 casos/100 mil habitantes. Entre os casos com fonte conhecida (129.084), 26,6% foram atribuídos ao uso de drogas, 22,8% a relações sexuais e 21,7% a transfusões sanguíneas. Em 2023, a transmissão sexual foi duas vezes mais frequente que a associada ao uso de drogas e quatro vezes maior que a causada por transfusões.

Em relação à infecção pelo HIV e Aids, o "Boletim HIV e Aids de 2024" revelou que o Brasil registrou 541.759 casos de infecção pelo HIV. Comparando os dados de 2020 com os de 2023, observou-se um aumento de 24,1% nos novos casos. Em 2023, 40,3% dos casos novos entre homens ocorreram na faixa etária de 20 a 29 anos, enquanto 77,7% das novas infecções em mulheres ocorreram entre 15 a 49 anos.

A principal via de transmissão em 2023 foi sexual, representando 78,3% dos casos em homens e 84,3% nas mulheres. Para os homens, o sexo entre homens foi a principal categoria de exposição (41,3%), enquanto nas mulheres foi o sexo heterossexual (80%).

Infelizmente, a análise dos dados aponta que estamos diante de um grave problema. Além da baixa adesão ao uso do preservativo, os casos de HIV, Aids e sífilis vêm crescendo. Mas o que explica esse aumento?

 

Possíveis explicações

Obviamente, estamos diante de um problema multifatorial; contudo, um fator é evidente: a baixa utilização de preservativos.

Segundo o infectologista Fernando Bellissimo Rodrigues, em entrevista  para o Jornal da USP em 2023, os jovens de hoje usam menos preservativos do que nas décadas de 1980 e 1990, quando a Aids gerava grande temor. Com a introdução da terapia antirretroviral em 1996, a Aids passou a ser tratada como uma infecção crônica, o que reduziu o medo da doença.

Outros fatores relevantes são abordados no estudo "Sexuality, Sexual Health, and Sexually Transmitted Infections in Adolescents and Young Adults", que sugere que fatores biológicos, como mudanças hormonais em adolescentes, tornam as meninas mais suscetíveis às ISTs. Igualmente importante, o desenvolvimento cerebral incompleto dos adolescentes — isoladamente ou combinado com fatores ambientais, traumas, doenças e uso de substâncias, como álcool e maconha — afeta significativamente a capacidade de avaliar riscos e recompensas, prejudicando as decisões relacionadas à saúde sexual.

Ainda se observa que, do ponto de vista comportamental, os adolescentes são mais propensos a se envolver em comportamentos sexuais de alto risco, como ter parceiros simultâneos e praticar sexo sem preservativo. Como bem descrito no artigo “Adolescents: wich risks for their life and health”, embora os adolescentes compreendam que algo é "perigoso", o córtex pré-frontal — uma região do cérebro fundamental para a tomada de decisões e o controle cognitivo — ainda está em desenvolvimento. Por isso, podem, muitas vezes, adotar comportamentos de risco. Além disso, durante a puberdade, ocorre um aumento nos níveis de hormônios sexuais. Isso não apenas estimula o desejo sexual, mas também potencializa a impulsividade emocional.

Pesquisas também mostram que pessoas que se identificam como pertencentes a minorias sexuais e de gênero têm maior probabilidade de usar preservativos com menos frequência e consumir drogas ou álcool antes da relação sexual. Mulheres transgênero, em particular, apresentam taxas mais altas de HIV e ISTs, frequentemente associadas a fatores como trabalho sexual, estigma, discriminação e acesso limitado à saúde.

Os pesquisadores Schmidt, A. e Marcus, U., em seu comentário para o periódico The Lancet, destacam dois outros fatores: o consumo elevado de pornografia, que possivelmente contribui para a diversidade das práticas sexuais; e o uso de aplicativos de namoro, que facilita o encontro de parceiros sexuais.

Embora o número de parceiros e a simultaneidade sejam fatores conhecidos na transmissão de ISTs, outros aspectos, como a alta conectividade das redes e a variedade de práticas sexuais, ainda são pouco explorados.

Evidências emergentes indicam que o sexo anal está se tornando mais comum entre jovens heterossexuais, o que eleva o risco de ISTs devido a fatores como lesões decorrentes da prática; uso inadequado de preservativos (por exemplo, lubrificantes à base de óleo, que comprometem a integridade do látex); e a associação com outras práticas de risco, como o chemsex (sexo sob efeito de substâncias). Este comportamento foi documentado no estudo suiço "Anal Intercourse among Heterosexual Young Adults: A Population-Based Survey in Switzerland".

Embora os dados suíços não possam ser diretamente aplicados à realidade brasileira, sugerem uma possível mudança de comportamento que exige pesquisas mais atualizadas no Brasil. O último grande estudo sobre o tema foi conduzido em 2005 e contou com 5.040 entrevistados. Entre os resultados, dos 122 respondentes que relataram praticar sexo vaginal e anal na mesma relação, 41,8% usaram preservativo em ambas as práticas, enquanto 53,3% não usaram em nenhuma. Além disso, o uso do preservativo foi mais comum em relações com parceiros eventuais (59,5%) e menos frequente com parceiros estáveis (32,6%).

Não existe uma única resposta quando estamos lidando com um problema multifatorial, que, em parte, pode ser explicado pela diminuição do uso de preservativos — seja por causa de relacionamentos estáveis e duradouros, onde há confiança no parceiro , seja pela falta de medo de contrair a Aids.

Além disso, dentro deste cenário de hipóteses, é possível que estejamos vivenciando uma das bênçãos — ou talvez maldições — da era da hiperconectividade. Se antes era necessário sair de casa, frequentar lugares para conhecer pessoas interessantes, iniciar uma conversa e, talvez, avançar para os "finalmentes", hoje basta abrir um aplicativo. Essa praticidade claramente pode contribuir para o aumento no número de parceiros e, consequentemente, para o maior risco de contrair ISTs.

Seja qual for o principal responsável (talvez uma combinação de todos os fatores mencionados?), uma coisa é certa: são necessárias medidas mais efetivas para frear o avanço das ISTs.

 

Medidas necessárias

Acredito que o documento Implementing the Global Health Sector Strategies on HIV, Viral Hepatitis and Sexually Transmitted Infections, 2022-2030: Report on Progress and Gaps 2024”, publicado em 2024 pela OMS, é provavelmente o melhor guia para nos auxiliar nesta questão.

Trata-se de um relatório bienal que monitora os efeitos - positivos, neutros ou negativos - das estratégias implementadas pelo Global Health Sector Strategies on HIV, Viral Hepatitis and Sexually Transmitted Infections for the period 2022-2030, um documento com o objetivo de erradicar as epidemias de HIV, hepatites virais e ISTs, avançar na cobertura universal de saúde e promover a atenção primária.

O relatório aponta que, apesar das interrupções causadas pela COVID-19, alguns avanços foram alcançados desde a implementação das estratégias. Entre eles, destacam-se a eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis em 19 países, bem como a implementação de testes rápidos para gestantes e populações-chave, como trabalhadores do sexo e mulheres transgênero. No entanto, o progresso global permanece aquém das metas estabelecidas para 2025.

Para garantir avanços significativos nos próximos anos e melhorar esse cenário, é essencial reforçar o incentivo ao uso consistente de preservativos e ampliar o acesso a outras intervenções preventivas, como a vacinação contra o HPV e o vírus da hepatite B, além da oferta de profilaxia pré-exposição (PrEP).

Adicionalmente, a cobertura global de serviços de redução de danos ainda é extremamente baixa na maioria dos países que relatam uso de drogas injetáveis. Para enfrentar essa questão, programas como troca de seringas e agulhas ganham destaque.

Além disso, é indispensável implementar sistemas de vigilância para otimizar a coleta e a análise de dados.

Por fim, destaca-se a necessidade de acelerar o acesso a medicamentos, diagnósticos e produtos de saúde de qualidade a preços acessíveis.

Como podemos ver, o caminho é árduo, mas muito menos sinuoso do que enfrentamos no passado. Com sorte, teremos condições de aprender com os erros cometidos até agora e adotar novas medidas para conter a disseminação das ISTs. Se isso se concretizará até 2030, ainda é incerto, mas em 2026 sairá o segundo relatório de progressos, o que nos permitirá avaliar se avançamos ou retrocedemos.

 

Mauro Proença é nutricionista

 

REFERÊNCIAS

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