A produtividade no campo está intimamente ligada à genética. Desde que abandonou a vida nômade de caçadores-coletores, a Humanidade seleciona plantas e animais que mais rendessem nutrientes e calorias aos seus esforços de cultivo e criação. Mas, se no passado a busca de melhores resultados dependia basicamente do acaso no cruzamento de indivíduos e, às vezes, de espécies relacionadas, hoje este trabalho também pode ser feito na bancada do laboratório, inclusive com uso de técnicas de engenharia genética capazes de combinar elementos de organismos completamente apartados e incompatíveis reprodutivamente.
Assim, nos últimos anos, vimos o desenvolvimento de muitos destes que são genericamente chamados de “organismos geneticamente modificados” (GMOs, na sigla em inglês), apresentando ou incluindo características que ora os tornam mais resistentes, ora mais adaptados a determinadas condições ambientais, ora mais rentáveis, ora imunes a pragas ou a pesticidas usados para controlá-las, entre outras vantagens. Benefícios que também levaram à sua rápida e ampla incorporação pela indústria da alimentação, seja para consumo direto, seja como parte da cadeia de produção.
Processo, no entanto, que também foi acompanhado por muita incompreensão, desinformação e preconceito em torno da tecnologia e seus produtos. Logo a classificação como “transgênico” – nome dado especificamente aos organismos modificados com a inclusão de genes de espécies totalmente diferentes do ponto de vista evolutivo – tornou-se sinônimo de “veneno” ou “perigo” para muitas pessoas. Com isso, também vieram a demanda por, e a imposição de, regulamentações rígidas e por vezes exageradas.
Esta a batalha, ainda em curso, em torno do olhar da sociedade para os organismos geneticamente modificados, mais de duas décadas depois da oferta do primeiro transgênico no mercado, foi o foco da discussão de especialistas no painel “Biotecnologia alimentar para um futuro sustentável”, debate aberto ao público realizado no âmbito do recente Congresso Global de Pensamento Científico, promovido pelo Instituto Questão de Ciência (IQC) em parceria com o Aspen Institute, dos EUA, entre 17 e 20 de março últimos. Para eles, é preciso trabalhar numa comunicação clara e eficiente sobre o que são os produtos geneticamente modificados e seus benefícios e vantagens para meio ambiente, produtores e consumidores de forma a superar preconceitos e romper barreiras na sua aceitação, fundamental para o futuro da segurança alimentar e sustentabilidade do campo, principalmente no contexto atual das mudanças climáticas.
“Plantas biotecnológicas estão no mercado há 25 anos, 29 países as cultivam, 70 países as compram e trilhões de refeições foram preparadas e consumidas por pessoas de todo mundo, sem diferença de idade, gênero e grupo étnico, como num ensaio clínico, mas muito maior”, enumerou Mahaletchumy Arujanan, coordenadora global do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Agriobiotécnicas (ISAAA, na sigla em inglês) e diretora executiva do Centro de Informação Biotecnológica da Malásia, que coordenou o painel. “Apesar disso, o debate (em torno da segurança de alimentos transgênicos) não diminuiu. De fato, os críticos continuam a produzir pseudociência e estratégias para atrapalhar a adoção de novas tecnologias de produção”.
Para Mahaletchumy, o trabalho começa por uma mudança na narrativa em torno do assunto, com destaque, por exemplo, ao intitulado Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, acordo em vigor desde 2003 suplementar à Convenção da Biodiversidade acertada durante a Cúpula da Terra da Rio-92, que sob o princípio da precaução busca proteger natureza e consumidores de riscos potenciais da biotecnologia.
“Como comunicadora científica, diria que estaríamos nos enganando se acharmos que a edição genética (referência à técnica de manipulação de genes conhecida como CRISPR, cujo desenvolvimento rendeu o Prêmio Nobel de Química de 2020 às cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna) terá uma passagem fácil, com menos barreiras, melhor regulamentação e aceitação pública. Precisamos mudar a narrativa e recomeçar a discussão, tendo em vista os erros do passado, como o modelo de negócios, presumir que ciência e educação seriam suficientes para mudar a opinião pública, ou atrair produtores com promessas exageradas de alimentar o mundo e resolver diversos problemas”, alertou, indicando como outro caminho revelar a agenda, motivações e fontes de financiamento dos grupos críticos à adoção e consumo de organismos geneticamente modificados. “O que faz com que eles pareçam heróis enquanto nós somos vistos como vilões?”, provocou.
Uma oportunidade para esta mudança de narrativa está, por exemplo, na relação, e não oposição, entre organismos geneticamente modificados com modos de produção como os chamados “orgânicos” e a agroecologia na busca por uma agricultura tanto mais sustentável quanto rentável, aponta o jornalista científico americano Jon Entine, fundador e diretor executivo do Genetic Literacy Project. Entine lembrou, por exemplo, que quando da regulamentação do sistema de certificação de produtos orgânicos nos EUA nos anos 1990, o uso de sementes geneticamente modificadas não só era uma das propostas à mesa como quase foi incluída.
“Como a agricultura orgânica é um processo de cultivo e a engenheira genética, biotecnologia e, agora, a edição genética são, na verdade, um processo de desenvolvimento de sementes, não há necessariamente uma tensão entre estas duas coisas”, argumentou. “Mas a intervenção de grupos ativistas e erros da indústria agrícola, como focar as relações públicas em comunicar os benefícios da biotecnologia nos fazendeiros, em vez de no público em geral, geraram uma polarização. Então, o que começou como uma potencial sinergia entre estas duas maneiras de abordar o desenvolvimento agrícola tornou-se uma disputa amarga. Todos queremos a mesma coisa. Queremos uma produção sustentável, amplo acesso à alimentação e proteger o meio ambiente, especialmente diante da preocupação com as mudanças climáticas”.
Assim, considerou Entine, o primeiro passo é superar a falsa dicotomia entre agricultura orgânica, com sua preocupação com a preservação do solo e outros recursos fundamentais para a produção, e os organismos geneticamente modificados.
”Há um discurso depreciativo em parte do setor de orgânicos no qual a biotecnologia, e agora a engenharia genética, são mostradas como algo não natural, o que é engraçado, pois nenhum dos alimentos que comemos surgiram naturalmente, foram todos manipulados por humanos de um jeito ou de outro”, destacou. “Os perigos potenciais de sementes e alimentos biotecnológicos não são maiores que dos convencionais. Precisamos passar do estágio da depreciação e descrédito, a ideia de que o não uso de produtos químicos sintéticos ou de organismos geneticamente modificados é, de alguma forma, marca de algo que é mais seguro ou saudável, o que não é verdade. Tenho esperanças que a edição genética abra uma porta para uma discussão mais ampla e equilibrada para que consigamos tem um futuro agrícola sustentável”.
O problema, contou Entine, é que até o momento isso não está acontecendo. Ele cita como exemplo as discussões sobre agricultura sustentável no âmbito da União Europeia, uma das forças líderes neste debate no mundo, dentro de uma nova estratégia conhecida como “Fazenda ao Garfo”.
“A proposta ‘Fazenda ao garfo’ encarna as maneiras mais precárias e erradas de avançarmos neste sentido”, disse. “É uma concepção muito baseada em orgânicos e agroecologia que rejeita os organismos geneticamente modificados, e mais recentemente edição genética, o que a coloca na posição única de fora de toda a comunidade internacional. Ela não considera as novas tecnologias de ponta que, sabemos, podem reduzir doenças e reduzir o uso de pesticidas, tanto sintéticos quanto orgânicos que podem ser tóxicos”.
Segundo Entine, caso a Europa adote um modelo de produção agrícola puramente orgânico, a perda de produtividade poderá atingir de 20% a 40%, o que vai obrigar a importação de mais alimentos pelo continente, transferindo o problema para outras regiões do mundo e piorando o impacto do ponto de vista das mudanças climáticas, com as emissões geradas pelo transporte de comida para o continente. Assim, defende que o caminho para alimentar uma crescente população mundial é o que chamou de “intensificação sustentável” da agricultura.
“Estamos atingindo o uso máximo de terras aráveis no mundo, e a única maneira que poderemos alimentar mais pessoas ou produzir mais calorias será derrubando florestas em lugares como o Brasil”, alertou. “A Europa está simplesmente exportando seus problemas ambientais para o mundo em desenvolvimento, porque já atingiram o uso máximo de terras aráveis. Precisamos repensar o paradigma. Acho que a Europa está indo na direção errada, mas devido ao seu poder de influenciar a produção de alimentos na América do Sul e, especialmente, na África, podemos ter um modelo que realmente não queremos. Precisamos de um modelo mais equilibrado, focado na análise do ciclo de vida, e não estreitamente em questões de solo”.
Entine, no entanto, acredita que as inovações nas tecnologias de edição genética, como a técnica CRISPR, abrem novas possibilidades de mudar este cenário e reenquadrar a discussão em outros termos em torno do objetivo comum da sustentabilidade.
“Não queremos ser simplistas demais e dizer que o paradigma mudou totalmente, mas (a edição genética) é uma maneira diferente de fazer as coisas, e muito modelada no desenvolvimento convencional da agricultura, de mover traços daqui para lá”, considerou. “O público é mais jovem, é mais focado na ciência do que foi em qualquer outro momento da História, então precisamos encontrar maneiras de engajar as pessoas. Focar não nos meios e mais nos fins, em como alcançaremos um futuro sustentável fazendo análises de ciclo de vida”.
Opinião pública
Reenquadramento que deve começar já na forma de apresentar a questão para a população, principalmente na Europa, ressaltou Angela Bearth, psicóloga e pesquisadora de comportamento do consumidor do Departamento de Ciências da Saúde e Tecnologia do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zürich), na Suíça, participante seguinte no painel. Isto porque, explicou, no continente as políticas e regulamentações em torno da biotecnologia seguem mais o que dita a opinião popular do que a ciência, opinião auferida em levantamentos que, ao tentar simplificar as perguntas, acabam induzindo respostas.
“São levantamentos de grande escala construídos de forma muito simples, que perguntam às pessoas, por exemplo, o quanto acham que as tecnologias genéticas são perigosas”, citou. “Como psicóloga, me preocupo muito como as perguntas que são feitas, pois dependendo do tipo de pergunta que faço, receberei diferentes respostas. Então, se perguntamos quão perigosas são as tecnologias genéticas, isso sugere para a pessoa que vai responder que elas são uma coisa perigosa, que só queremos saber 'o quanto' de perigo ela vê. Já estamos engatilhando algo na mente do consumidor”.
Angela deu como exemplo pesquisa que conduziu sobre a opinião pública na Suíça acerca de soluções para a requeima da batata, praga muito comum provocada por um fungo que em seu país é combatida ou com fungicidas sintéticos na agricultura convencional, ou com aplicações de cobre na plantação na chamada orgânica.
“Tentamos ir mais fundo, dar às pessoas um pouco de contexto, informações prévias e diferentes soluções”, contou. “Por exemplo, dissemos a elas que na Suíça tratamos a requeima das batatas com fungicidas sintéticos ou, na agricultura orgânica, cobre. Adicionalmente, oferecemos como solução uma transferência de genes de uma batata selvagem que daria às nossas batatas resistência à doença, ou edição genética como outra solução. E o que descobrimos foi surpreendente: uma alta aceitação da transferência de genes. Algo que em todos estes levantamentos gerais aparecia como malquisto pelas pessoas, numa amostra de que precisamos pensar em que tipo de perguntas fazemos às pessoas”.
A escolha do tema por Angela também não foi por acaso, já que a Suíça se prepara para votar em meados deste ano iniciativa que pretende banir completamente o uso de pesticidas sintéticos no país.
“Este projeto é baseado no equívoco fundamental de que tudo que é sintético e feito pelo homem é ruim, e tudo que é natural é bom. Então a sugestão é de que só o cobre seja usado como pesticida, embora saibamos que o cobre tem impactos negativos tanto para o ambiente quanto para a saúde”, frisou.
A pesquisadora também vê dificuldades em transferir para a biotecnologia alimentar a aceitação que as técnicas de manipulação genética angariaram com o rápido desenvolvimento e disponibilização das vacinas para a COVID-19.
"É uma ideia interessante, mas desafiadora”, disse. “Para citar uma pesquisa recente, as pessoas preferem sintéticos como curativos, isto é, se estamos doentes queremos algo que funcione, seja eficaz, mas quando é para termos algo preventivo, elas preferem substâncias naturais, porque acham que têm menos efeitos colaterais e tal. E as vacinas, embora tecnicamente sejam preventivas, no contexto da atual pandemia são vistas como curativas. Assim, as pessoas ficam felizes em aceitar alguma tecnologia, algo feito pelo homem, como solução. Já comida é um aspecto totalmente diferente. Não é o caso de todos lugares, mas aqui na Suíça podemos ser ‘chatos’ com o que vamos comer. Temos escolha, podemos escolher orgânicos, isso e aquilo, e prestar atenção aos rótulos ‘livre de’. Isso torna a comida quase uma religião, algo que pode te fazer se sentir melhor. Por isso, acho que será difícil fazer essa tradução”.
Construindo aceitação na África
Enquanto no mundo desenvolvido, principalmente na Europa, o preconceito ainda é uma barreira para a biotecnologia na agricultura, na África sua adoção avança com a perspectiva de aliviar muitos problemas no continente mais pobre do planeta, relatou a queniana Margaret Karembu, diretora do AfriCenter do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Agribiotécnicas (ISAAA, na sigla em inglês). Segundo ela, nos últimos anos o número de países que autorizou cultivos biotecnológicos no continente saltou para sete - Etiópia, Quênia, Sudão, África do Sul, Malawi, Reino de Eswatini (Suazilândia) e Nigéria -, sendo a Nigéria o primeiro país do mundo a aprovar cultivo de uma espécie de feijão-fradinho resistente a insetos.
Mesmo assim, Margaret avaliou que ainda há um amplo espaço para melhorar a comunicação sobre organismos geneticamente modificados na região, que conta com eles para alimentar uma das populações que cresce em ritmo mais rápido no mundo, equilibrando expectativas com realidade.
"Precisamos enquadrar a engenharia genética como uma tecnologia, uma técnica, ou uma ferramenta que vai lidar questões reais que estão afetando o continente africano, família, comunidade, saúde, meio ambiente e até na manufatura e na indústria. Precisamos ser mais amplos nas maneiras de apresentar este assunto na África”, considerou. “É importante que como cientistas e comunicadores nos apropriar do que as tecnologias fazem, mas também sermos claros nos limites que estas ferramentas têm. Quando falamos sobre este assunto ficamos animados, mas administrar expectativas é importante”.
Para ela, o avanço da biotecnologia na África abre uma oportunidade de fazer isso com governantes, autoridades regulatórias e tomadores de decisão de uma forma mais direta, in loco.
"Com mais países cultivando, fica mais fácil pegar mesmo os céticos e levar para o campo, encontrar com o fazendeiro, discutir com ele a produtividade”, sugeriu.
Mas também é importante que a informação sobre os usos e vantagens econômicas e ambientais de organismos chegue aos maiores interessados, os produtores, e para isso ela aconselha uma tecnologia de comunicação em massa um tanto antiga, porém ainda muito eficaz: o rádio.
"Precisamos garantir que estamos usando a linguagem correta, mas também a plataforma correta”, apontou. “A África tem uma população rural muito grande, então temos que usar as plataformas que as comunidades rurais na África podem ter acesso fácil e rápido, como o rádio”.
Cumprindo o potencial
Fechando o debate, Sarah Davidson Evanega, diretora da Cornell Alliance for Science, da Universidade de Cornell, EUA, fez um panorama da adoção de plantas geneticamente alteradas no mundo, em especial nas Américas, que concentra 80% dos cultivos do tipo no planeta.
"Acho que tudo se resume à utilidade da tecnologia e os benefícios que ela para a agricultura e produtores”, disse. “No contexto dos EUA, na verdade em qualquer contexto, os fazendeiros são empresários, e eles buscam tecnologias que permitam que plantem de uma forma mais economicamente viável”.
Diante disso, lembrou Sarah, não é surpresa que as primeiras sementes geneticamente alteradas a chegarem ao mercado tenham sido de duas plantas muito cultivadas pelos fazendeiros americanos: soja e milho.
"Então, os produtos que foram desenvolvidos, sejam soja ou milho tolerantes a herbicidas ou resistentes a insetos, ou uma combinação de ambas características, foram prontamente adotados pelos produtores dos EUA”, contou.
Para Sarah, porém, é irônico que a adoção da biotecnologia na agricultura tenha sido tão rápida em ampla nos EUA, onde apenas 1,8% da população trabalha no campo, enquanto os organismos geneticamente modificados enfrentam barreiras regulatórias em lugares como a África, onde 60%, 70%, 80% da população de alguns países depende da agricultura para sobreviver.
"Sabemos que isso não é por falta de demanda dos agricultores, mas pela falta de vontade política e falta de coragem política devido à desinformação, toda uma lista de razões que na verdade nada têm a ver com a ciência”, disse.
Diante disso, Sarah indicou como um dos caminhos para expandir a adoção de cultivos geneticamente modificados no mundo, em especial em países em desenvolvimento e regiões como a África, seria ampliar o cardápio não só de plantas como também de características incorporadas para atender às necessidades de cada mercado.
"Se 99% das plantas geneticamente modificadas sendo cultivadas hoje são milho, soja, algodão e canola, e quanto a todos aqueles outros cultivares que são importantes para os produtores africanos?”, questionou. “Por isso o caso do feijão-fradinho é tão animador. Ele é uma importante fonte de proteína para os nigerianos e outros países do Oeste da África, então é o tipo de produto que os consumidores e produtores de lá vão querer. Temos muito poucos cultivares que se beneficiaram desta tecnologia, e muito poucos traços que foram introduzidos neles. Então esta é uma verdadeira oportunidade perdida. Talvez seja mesmo verdade o que dizem que esta tecnologia ainda não cumpriu seu potencial”.
É por isso também que os cientistas dos próprios países em desenvolvimento estão se esforçando para desenvolver organismos geneticamente alterados de espécies de interesse para seus produtores, destacou Sarah, citando como exemplo, além do feijão-fradinho nigeriano, variedades de bananas e mandioca resistentes a doenças e mais nutritivas.
"Temos inovações vindo destes países, então não é preciso ser esta coisa de tecnologia do Ocidente beneficiando os ocidentais”, considerou. “Há muito potencial doméstico e vemos isso no caso de Bangladesh, onde pesquisadores desenvolveram uma berinjela resistente a insetos que foi amplamente adotada e comemorada pelos fazendeiros locais, que viram uma queda de 62% no uso de pesticidas e um aumento de renda em seis vezes. Faça as contas e me diga se um produto que vai multiplicar sua renda por seis não vai mudar sua vida? É algo transformador”.
A íntegra do painel sobre biotecnologia alimentar no Congresso Global de Pensamento Científico está disponível no canal do Aspen Institute no YouTube, aqui.
Cesar Baima é jornalista e editor-assistente da Revista Questão de Ciência