A farsa da terapia de conversão

Artigo
7 abr 2025
Imagem
bonecos de madeira

 

No início deste ano, minha principal preocupação era manter o ritmo de escrita dos anos anteriores, já que havia abordado muitos dos mitos em minha área. No entanto, recentemente, minha noiva e eu assistimos a um filme de terror slasher — meu gênero favorito —, They/Them: O Acampamento, e percebi que o receio era, em partes, infundado.

A trama segue a história de um acampamento de conversão LGBTQIA+, dirigido por Owen Whistler (Kevin Bacon), que utiliza métodos desumanos, enquanto um assassino misterioso mata os conselheiros.

Comentei que, embora o filme fosse ruim, as mortes dos personagens tinham um tom catártico, dado o sofrimento que causavam às crianças. Ela respondeu que gostaria que algo semelhante tivesse ocorrido no filme Boy Erased: Uma Verdade Anulada, que, diferentemente do anterior, é um filmaço capaz de arrancar lágrimas de qualquer coração de pedra.

Para quem não está familiarizado — como era o meu caso —, trata-se de uma história baseada no livro homônimo, Boy Erased: A Memoir, uma autobiografia do autor e ativista LGBTQIA+ Garrard Conley.

Fazendo uma síntese:

Jared, filho de um pastor em uma pequena cidade americana, tem sua homossexualidade revelada aos pais aos 19 anos e é forçado a escolher entre ingressar em um programa de terapia de conversão ou tornar-se sem-teto. Optando pelo programa, testemunha atrocidades cometidas pelo psicoterapeuta. O filme está disponível na Amazon Prime, e o livro, segundo leitores, é ainda mais impactante.

Em entrevista a The Guardian em 2018, Garrard Conley relatou sua experiência na Love in Action, uma organização cristã de Memphis que prometia "curar" a homossexualidade.

A entrevista destaca que a história de Conley não é um caso isolado. Pesquisas indicam que cerca de 700 mil adultos nos EUA passaram por essas terapias, metade ainda na adolescência. As técnicas variavam desde tortura com choques enquanto assistiam a pornografia gay – algo semelhante à tortura sofrida por Alex em Laranja Mecânica – até manipulações psicológicas para convencer os pacientes de que seus desejos resultam de relações disfuncionais com a mãe.

Na Love in Action, a mensagem era clara: homossexualidade significava infelicidade, isolamento e morte. Conley relata que um colega foi obrigado a participar do próprio funeral simbólico, enquanto outros membros liam seu obituário.

Um dos primeiros a denunciar os métodos da Love in Action foi John Evans, um dos fundadores, que deixou o grupo em 1975 após um amigo cometer suicídio por não conseguir se tornar heterossexual.

Infelizmente, a organização continuou ativa por um longo período – e, consequentemente, destruiu muitas vidas – até ser renomeada, em 2012, como Restoration Path. Não há informações claras sobre sua situação atual.

Gostaria de encerrar o artigo aqui e afirmar que situações como essa ficaram na década passada ou que se restringem a cidades interioranas dos Estados Unidos. Mas o problema persiste até os dias de hoje e, ainda mais preocupante, acontece também por aqui.

 

A situação no Brasil

Reportagem de Mariana Correia para a Agência Pública, intitulada "Quais são as organizações que promovem ‘terapia’ de conversão sexual no Brasil", aponta que, segundo relatório do Projeto Global contra o Ódio e o Extremismo (GPAHE), organizações que promovem "terapias" de conversão sexual seguem ativas no Brasil. Ligadas a igrejas, essas entidades disseminam conteúdos na internet e realizam eventos e cursos que tratam a homossexualidade como algo a ser "curado".

Alguns promotores dessas “terapias” insistem que sua atuação clínica se baseia no método científico e nas melhores evidências. Nesse caso, é necessário apontar que a existência de um estudo publicado não equivale, automaticamente, à comprovação científica.

Por exemplo, um estudo que, por quatro anos, sustentou que a terapia de conversão conseguia reduzir os pensamentos homoafetivos em homens gays foi posteriormente retratado, evidenciando falhas metodológicas e questionando a validade dessas alegações.

 

A notícia

Conforme noticiado pelo Retraction Watch, o artigo “Efficacy and risk of sexual orientation change efforts: a retrospective analysis of 125 exposed men” foi publicado na F1000Research (uma plataforma de acesso aberto com revisão por pares após a publicação) em março de 2021. O estudo afirmava que a terapia de conversão (referida no artigo como esforços para mudanças na orientação sexual) era segura e eficaz.

No entanto, em 4 de fevereiro de 2024, a plataforma retratou o artigo, após dois revisores externos independentes concluírem que a metodologia adotada e as análises estatísticas realizadas não sustentavam as conclusões.

O autor principal do estudo, D. Paul Sullins, professor de sociologia da Universidade Católica de Washington, já havia se envolvido em outra polêmica. Em 2017, um de seus trabalhos – o artigo Invisible Victims: Delayed Onset Depression among Adults with Same-Sex Parents, publicado no periódico Depression Research and Treatment – afirmava que crianças criadas por casais do mesmo sexo eram mais propensas à depressão, abuso e obesidade do que aquelas com pais de sexos opostos. O estudo recebeu uma “expressão de preocupação” após ser citado em cartazes distribuídos por um grupo neonazista.

Embora a terapia de conversão tenha sido amplamente rejeitada por diversos especialistas e condenada por instituições, a publicação de estudos sobre o tema persiste. Muitos desses trabalhos são posteriormente retratados, seja por falhas estatísticas, seja por perpetuarem estereótipos antiquados sobre a comunidade LGBTQIA+

Em fevereiro de 2024, um pesquisador anônimo enviou um e-mail à F1000Research expressando preocupações sobre o artigo. Ele destacou falhas no desenho da pesquisa, incluindo a ausência de um protocolo padronizado de tratamento, a indefinição da duração da terapia e a falta de credenciamento dos profissionais responsáveis pela intervenção.

Como a F1000Research não permitia que os autores realizassem novas revisões no artigo publicado, Sullins postou uma versão atualizada de seu estudo em setembro de 2024 no Researchers.one, uma plataforma acadêmica de acesso aberto que permite a revisão por pares, mas dá aos autores total controle sobre o processo editorial, incluindo submissão, revisão e decisão final de publicação.

Ali, Sullins declarou:

 "Em vez de permitir que o jornal F1000Research suprima evidências e o debate sobre essa questão, esperamos que, neste fórum, possamos fomentar mais discussão e consideração das evidências, independentemente do ponto de vista ideológico".

 

O artigo e a retratação

Como mencionado anteriormente, Sullins, D. e seus colegas publicaram, em 2021, "Perceived Efficacy and Risk of Sexual Orientation Change Efforts (SOCE): Evidence from a US Sample of 125 Male Participants", que buscou investigar a experiência com SOCE em 125 homens religiosamente ativos.

O termo SOCE (ou esforços para mudanças na orientação sexual) abrange uma variedade de práticas adotadas tanto por profissionais de saúde mental quanto por pessoas sem qualificação formal, com o objetivo de modificar a orientação sexual ou qualquer de seus aspectos.

Os defensores dos SOCE alegam — de maneira errada, vale ressaltar — que a atração pelo mesmo sexo resulta de fatores como criação inadequada, traumas infantis, abuso, "inferioridade" de gênero e necessidades emocionais não atendidas. As intervenções propostas vão desde encontros forçados com pessoas do sexo oposto e o fortalecimento de vínculos não sexuais com pares heterossexuais até práticas religiosas, como oração, estudo de escrituras, exorcismos e confissões. Em casos mais extremos, também são empregadas técnicas de condicionamento aversivo (similares às mencionadas torturas sofridas por Alex em Laranja Mecânica).

Voltando ao artigo, foi realizada uma análise secundária de uma pesquisa online previamente conduzida como parte da tese de doutorado em Psicologia de Paul Santero. A pesquisa foi administrada a uma amostra de adultos que havia passado por intervenção terapêutica para atrações indesejadas pelo mesmo sexo. O objetivo original da coleta de dados era determinar se as atrações, pensamentos e comportamentos dos participantes em relação ao mesmo sexo foram reduzidas ou substituídas por pensamentos, sentimentos e comportamentos em relação ao sexo oposto, além de avaliar os efeitos benéficos ou prejudiciais da terapia.

Os participantes foram recrutados por meio de organizações religiosas e redes de terapeutas. A amostra final foi composta por 125 homens moradores dos Estados Unidos.

Para medir a percepção de mudança ou estabilidade na orientação sexual, pediu-se aos participantes que indicassem com que frequência tinham ações homoafetivas (variando de fantasias a relações sexuais) e heteroafetivas. No momento da administração da pesquisa, 42% dos participantes ainda estavam em processo de SOCE, enquanto 58% já o tinham concluído, com uma média de três anos desde o término da intervenção.

Adicionalmente, também pediu-se aos participantes que avaliassem sua atração sexual e identidade sexual em dois momentos: seis meses antes de buscar ajuda e no momento atual.

Por fim, para avaliar a saúde emocional, os participantes foram questionados sobre as mudanças positivas e negativas que notaram após os esforços de mudança.

Em relação aos efeitos percebidos dos SOCE, comparando todos os três componentes da orientação sexual (atração, identidade e comportamento), antes e após a intervenção, verificou-se que a média da orientação homossexual na amostra diminuiu significativamente. A atração passou de 5,7 para 4,1 na escala de Kinsey, que classifica as pessoas conforme seu grau de atração ou comportamento sexual pelo mesmo sexo ou pelo sexo oposto, variando de 0 a 7.

A identificação com a homossexualidade e o comportamento sexual homossexual também apresentaram reduções significativas. Uma proporção substancial dos participantes relatou uma diminuição na atração indesejada pelo mesmo sexo (69%), na identificação (54%) e no comportamento (45%). No entanto, apenas entre 18,5% e 19,2% disseram ter obtido uma conversão completa, enquanto 36,6% teriam conseguido eliminar completamente o comportamento sexual homossexual indesejado. Para uma faixa de 27% a 47% dos participantes, os SOCE não tiveram efeito ou, em alguns casos, até resultaram em um aumento da orientação homossexual indesejada.

O estudo tem várias limitações, sendo a mais óbvia a impossibilidade de estabelecer causalidade, limitando-se a correlações. Além disso, a amostra, além de ser extremamente pequena e carecer de poder estatístico, foi composta exclusivamente por homens altamente religiosos, o que impede a generalização dos dados para indivíduos com outras características.

Ainda é importante destacar que as respostas fornecidas são de autorrelato, o que implica a possibilidade de viés de memória, favorecendo potencialmente relatos positivos sobre os SOCE.

Também é razoável supor que o histórico religioso dos participantes e, consequentemente, a aversão ideológica à homossexualidade tenham influenciado a avaliação positiva dos SOCE.

Embora os pesquisadores neguem interesses financeiros, é relevante notar que Sullins é um padre católico e seu coautor, Christopher Rosik, integrante de uma organização religiosa anti-LGBTQIA+, o que levanta questões sobre a imparcialidade. Além disso, Sullins recebeu financiamento do Ruth Institute, uma organização anti-LGBTQIA+.

Em minha opinião, esse fato por si só já seria o suficiente para descartarmos qualquer seriedade do artigo.

O estudo foi retratado pelo F1000Research não em razão dessas limitações, mas por preocupações sobre os dados subjacentes. Após duas revisões externas, concluiu-se que a metodologia e a análise estatística não sustentam as conclusões.

Some-se esses apontamentos ao fato de que a ciência apresenta evidências diametralmente opostas — como veremos abaixo — às defendidas pelos proponentes dos SOCE, e concluímos que, para além de todos os problemas metodológicos e conflitos de interesse, o artigo não deveria nem ter sido aceito em primeiro lugar.

 

O que a ciência diz?

Acredito que o melhor compêndio de evidência sobre SOCE vem de uma resolução publicada pela American Psychological Association (APA) em fevereiro de 2021. Ali, destaca-se que os SOCE frequentemente incluem explicações não científicas sobre a diversidade da orientação sexual; alegações de que a atração sexual pode ser modificada por psicoterapia e a promoção de resultados predeterminados sobre a orientação sexual. O documento também sublinha a disseminação de informações imprecisas, como a ideia refutada de que a homossexualidade resulta de eventos negativos na infância.

O documento ainda reconhece que, por diversos fatores, pessoas de minorias sexuais podem buscar mudanças em sua orientação sexual, mas observa que esses indivíduos frequentemente enfrentam condições como apoio familiar limitado, origem religiosa ortodoxa e discriminação. Muitas vezes, o medo da rejeição e estigmas associados à sexualidade contribuem para a busca.

Até dezembro de 2020, pelo menos 20 estados americanos – atualmente são 28 – adotaram leis ou regulamentos proibindo profissionais licenciados de saúde mental de utilizarem SOCE com menores de idade. Contudo, um estudo estimou que, nos EUA, aproximadamente 16.000 adolescentes são submetidos às intervenções antes de completarem 18 anos.

Os SOCE são particularmente prejudiciais para menores de idade, apresentando riscos significativos à saúde mental e física. A Administração de Serviços de Saúde Mental e Abuso de Substâncias (SAMHSA), uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (o equivalente ao Ministério da Saúde no Brasil), concluiu que a "terapia de conversão" deve ser interrompida para menores de idade, pois não é respaldada por evidências e, ainda, pode causar sérios danos aos jovens.

Em 2013, o Relator Especial da ONU sobre tortura declarou que algumas intervenções dos SOCE violam direitos humanos, classificando-as como degradantes, desumanas e cruéis.

No que diz respeito às supostas evidências para os SOCE, é importante destacar que elas carecem de bases sólidas, apresentando falhas metodológicas e estatísticas que comprometem a validade de muitos estudos. Além disso, os defensores frequentemente distorcem pesquisas legítimas.

As alegações sobre influências ambientais na orientação sexual são inconsistentes e não condizem com as teorias científicas atuais, que consideram uma combinação de fatores biológicos e culturais. Alguns defensores também recorrem a conceitos descartados, como a ideia de que minorias sexuais têm identidade de gênero "defeituosa", baseando-se em teorias psicanalíticas ultrapassadas.

Ademais, grupos que utilizam os SOCE distorcem a evidência sobre a fluidez sexual, que se refere à variação da atração sexual ao longo da vida, utilizando-a como justificativa para intervenções destinadas a mudar a orientação sexual. Embora a orientação sexual de algumas pessoas possa evoluir, isso não implica que possa ser alterada intencionalmente, nem que tal mudança seja recomendável.

O relatório conclui que, desde a publicação do documento de 2009 pela mesma organização, novas pesquisas continuam a confirmar que a maioria dos ex-participantes de SOCE considera a experiência prejudicial, e não há evidências que sustentem a possibilidade de mudança deliberada na orientação sexual.

Antes que se acuse o posicionamento da APA como enviesado ou favorável a uma "ditadura gay", vale destacar que, um ano antes da publicação deste documento, Przeworski, A. e colegas realizaram uma revisão sistemática intitulada “A systematic review of the efficacy, harmful effects, and ethical issues related to sexual orientation change efforts”. Como o nome sugere, o objetivo foi examinar se os SOCE atendem aos critérios para tratamentos bem estabelecidos ou eficazes, investigar os desfechos negativos e as implicações éticas.

Para isso, foi realizada uma busca na literatura científica, incluindo apenas estudos em inglês, conduzidos em humanos e publicados em revistas com revisão por pares. Foram excluídos trabalhos como dissertações, estudos de caso, artigos irrelevantes para os SOCE e aqueles com menos de 10 participantes. A análise final considerou 35 artigos.

No geral, a maioria dos estudos revisados, independentemente da técnica empregada – como a terapia de aversão (administração de choques elétricos ou drogas que induzem náusea, combinadas com imagens de homens, para criar uma resposta aversiva condicionada à excitação) – observou alguma modificação no comportamento, variando desde mudanças em direção à heterossexualidade até diminuição no desejo sexual.

No entanto, esse aparente sucesso desaparece rapidamente ao considerarmos as limitações das pesquisas. Quase todos os estudos que tentam relacionar os SOCE à mudança na orientação sexual carecem de grupos controle, baseando-se apenas na comparação “antes e depois” dos próprios participantes. Em outras palavras, a única conclusão possível desses estudos experimentais é que alguns homens conseguiram reduzir sua excitação sexual por meio de condicionamento aversivo.

Além disso, muitos estudos recrutaram participantes cujas opiniões já estavam alinhadas com as dos autores, o que pode influenciar a percepção sobre eficácia. Outro problema significativo é que uma grande parcela das pesquisas baseou-se em desenhos retrospectivos, que dependem da memória dos participantes, o que diminui a confiabilidade.

Outro ponto relevante é que a maioria das pesquisas sobre SOCE envolve homens brancos, limitando a generalização dos resultados para outras etnias e gêneros. Quanto aos efeitos negativos, os SOCE estão associados à depressão, ideação suicida, queda na autoestima, autoaversão, disfunção sexual, visão negativa sobre a homossexualidade e deterioração das relações familiares e românticas.

Além disso, alguns métodos de SOCE reforçam estereótipos prejudiciais, como a ideia de que a homossexualidade é uma doença mental, que pessoas LGBTQIA+ são promíscuas e mais propensas a contrair HIV, e que homens gays não são masculinos, além de associa-los a molestadores de crianças.

Agora que está claro que os SOCE são ineficazes na alteração da orientação sexual para a maioria dos participantes, e que os estudos que relatam sucessos apresentam limitações metodológicas, podemos abordar a questão ética. Vários estudos indicam que os SOCE violam princípios éticos fundamentais, como consentimento informado, e confidencialidade. Em uma pesquisa, 26,3% dos participantes relataram ter sido submetidos a intervenções como terapias de aversão, nas quais eram incentivados a associar dor ou imagens desagradáveis a fantasias homossexuais.

Em vários estudos, alguns participantes foram obrigados judicialmente a participar de terapias de conversão, seja devido à criminalização da homossexualidade ou a condenações por parafilias não relacionadas à atração pelo mesmo sexo. Outros estudos indicam que cerca de 25% dos participantes sentiram pressão de suas famílias ou organizações religiosas para buscar as intervenções.

Entre os terapeutas, apenas uma pequena porcentagem se dispõe a realizar terapias de SOCE, com a maioria considerando a prática antiética.

Os autores concluem que os poucos estudos que afirmam a eficácia dos SOCE demonstram sucesso limitado, além de estarem repletos de falhas metodológicas. Em contrapartida, há uma quantidade considerável de estudos que destacam os danos e efeitos negativos associados às intervenções.

Embora muitos estudos tenham identificado os impactos prejudiciais dos SOCE, há uma escassez de pesquisa sobre os efeitos da tentativa de modificação da identidade de gênero. Futuras pesquisas devem abordar a diversidade racial, étnica e de gênero, além de incluir indivíduos menos religiosos. A APA recomenda mais estudos sobre terapias afirmativas, que reconhecem o impacto da discriminação e da homonegatividade na saúde mental de indivíduos LGBTQIA+, visando determinar as melhores abordagens para integrar identidades e adaptar tratamentos às necessidades únicas da população LGBTQIA+.

 

Mauro Proença é nutricionista

 

 

REFERÊNCIAS

HICKLIN, A. I Was 19, gay and ready to be ‘cured’ by conversion therapy. 2018. Disponível em: https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2018/jun/10/i-was-19-gay-and-ready-to-be-cured-by-conversion-therapy.

CORREIA, M. Quais são as organizações que promovem “terapias” de conversão sexual no Brasil. 2024. Disponível em: https://apublica.org/2024/01/quais-sao-as-organizacoes-que-promovem-terapias-de-conversao-sexual-no-brasil/.

ORRALL, A. Paper on conversion therapy retracted, authors planning to republish. 2025. Disponível em: https://retractionwatch.com/2025/02/21/conversion-therapy-paper-retracted-f1000/.

SULLINS, D. e ROSIK, C. Perceived Efficacy and Risk of Sexual Orientation Change Efforts (SOCE): Evidence from a US Sample of 125 Male Participants. Researchers One. Disponível em: https://researchers.one/articles/24.09.00002.

Sua Questão

Envie suas dúvidas, sugestões, críticas, elogios e também perguntas para o "Questionador Questionado" no formulário abaixo:

Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade.
Digite o texto conforme a imagem

Atendimento à imprensa

11 95142-8998 

11 95142-7899